2011 12 12 - CONVITE PARA O BAILE DE FORMATURA

quarta-feira, 22 de junho de 2011

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em virtude da greve do magistério estadual, os professores das escolas de Educação Básica Carlos Fries de Ipira e Carlos Chagas de Piratuba, haviam parado as suas atividades normais em cooperação ao movimento que reivindica a aplicação do piso salarial, conforme lei federal, respeitando a carreira e as conquistas de outras lutas.
                Até o presente momento,não houveram   por parte do  governo, negociações  significativas ou que  representasse  ganhos  financeiros  para  grande parte dos  profissionais de carreira, ou  ainda uma   possível perspectiva de  melhorias, onde o governo se comprometa  claramente com  os  devidos  reajustes,  conquistados  por  meio da legalidade judicial.
                No entanto,o movimento grevista  trouxe  à  tona muitas  contradições   no campo da educação, como   por exemplo  o desvio de  finalidade da  verba  do FUNDEB, a   contratação tardia de  professores, a compra  sem licitação de   materiais,   a insuficiente instalação de equipamentos   entre outras   situações  irregulares  que  foram  denunciadas  à  sociedade  catarinense.
                Nesse momento, após exaustivas tentativas de reaver um direito garantido, diante do cansaço e da opressão imposta pelas mentiras e contradições apresentadas pela mídia, que incentiva a comunidade a cobrar apenas a presença do professor em sala aula, mas nunca incentiva a cobrança da qualidade da educação, os professores decidem retornar às suas atividades, em respeito aos alunos e à comunidade escolar, bem como com o comprometimento destes, com educação pública.
O retorno dos professores às salas de aula é com consciência e com o pensamento voltado para os alunos, mesmo manifestando o seu descontentamento em relação ao amadorismo que o governo tratou das negociações.
                Devido à função que exercemos, de formadores de opiniões, temos a clareza de que o discurso deve estar ligado à prática, evitando o dito popular “faça o que eu digo, e não faça o que eu faço”. Isto é, nada adianta demonstrarmos aos nossos alunos, que é possível mudar o mundo, diminuindo diferenças, denunciando injustiças e, exigindo a democracia, a liberdade e o direito de expressão.
Se tudo isto permanecer apenas nas paredes das salas e nos murais da escola, quando na prática nos enfraquecemos e com medo, diante das imposições daqueles que têm o poder, nos submetemos aos seus ditos, sem crítica e sem questionamentos. Senos posicionarmos sempre  pacificamente e apáticos,  de  nada adianta   ensinarmos   os jovens  à  cidadania, mas  antes, deveríamos treiná-los  à escravidão.
                Nestes termos, nós professores das referidas escolas, agradecemos o apoio daqueles que entenderam e manifestaram publicamente seus votos de indignação e incentivo pela luta em prol do cumprimento da lei, pela educação com qualidade e pela clareza dos investimentos na educação, agradecemos e reiteramos o nosso compromisso com seriedade e dedicação.

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